Nos mercados e feiras do Sudeste Asiático , peixes , camarões e outros produtos do mar ou rios são tradicionalmente vendidos secos , salgados ou defumados, ou vivos . Raramente se utiliza gelo para conservação.
As diferentes maneiras de secá-los criam formas estranhas, é curioso encontrar nos mercados peixes transformados em leques, flores , parecendo bichos de outro planeta .
No Laos , no mercado de Vientiane ( fotos ) , peixes em forma de leque ou em embalagens de bambú .
Em Burma , em Bago (mapa) , na feira esses peixes parecem uma espécie de pequenos dragões.
Quando vendidos vivos , como no Laos, eles ficam em curiosas instalações de bacias com injeção de ar para oxigenar a água . Camarões, enguias , conchas , sapos vivos...
Até animais silvestres , como esse passarinho numa feira de Luang Prabang ( fotos ) , é vendido vivo , amarrado a uma pedra . Estranho para a nossa cultura , mas normal para um povo que vive entre as montanhas e coleta a comida das florestas e rios .
Nas mesmas feiras , nessa imagem em Burma, uma tradição que sugere imensa delicadeza . Sobre as pilhas de arroz em forma de cone , uma flor para dar sorte . A cada venda, se refaz o cone branco e a flor volta ao topo .
Também aqui no Brasil temos nossos peixes secos nativos, como o Pirarucu amazônico . O imenso peixe que pode chegar a ter 3 metros e 250 kg também é vendido seco em rolos nas feiras e mercados do Norte .
O Pirarucu , que muita gente pensa estar nas notas de r$ 100 ( essa acima tem até legenda falsa) , nesse dinheiro raro de se ter no bolso na verdade o peixe é uma garoupa ( !?). Voltando aos mercados do Laos e Burma , eles tem uma outra curiosa superstição : ao receberem o dinheiro do pagamento de algo que vendem , com a nota nas mãos imediatamente batem essa nota nos seus artigos expostos , para dar sorte e atrair mais vendas .
Do Estudio Manus , tigela com peixes fosforescentes de silicone e pé articulado de madeira , e uma vassoura do mercado de Luang Prabang , Laos .
3 comentários :
Ola que linda viagem! Aqui bem pertinho no nosso litoral norte, eu tinha um vizinho pescador, o Cacau, que nao tinha freezer e a mulher dele, que ainda vive, Dona Veronica, salgava tudo que era peixe, me lembro com agua na boca de um cara pau salgado que a gente preparava como se fosse uma bacalhoada, sempre no inverno, pois o mar e´mais bravo e nao da pra pescar. Inte Leo
E em Toque Toque , pertinho de vocês , ainda fazem esses carapaus .
Também em Ilhabela,tem uma velhinha japonesa que faz artesanalmente peixe seco e defumado , numa escala até que grande , para fornecer para Ajinomoto que usa como matéria prima para Hondashi,usado em misoshiro e outros pratos japas.
tem uma foto aí, que parece um quadro de Frida Kalho, assim que eu te encontrar te mostro no meu livro!!!! beijos para vcs!
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